Cientistas sequenciam genoma do vírus ebola

Cinquenta e oito cientistas liderados pelos pesquisadores Stephen Gire e Pardis Sabeti, da Universidade de Harvard, publicaram na revista Science o sequenciamento genético de 99 amostras do vírus ebola. Para realizar o feito, a equipe internacional analisou 78 pacientes (alguns foram examinados mais de uma vez) da epidemia. Foram encontradas 395 mutações que torna essa variedade de ebola diferente da dos casos nos anos 1990 e 2000. O mapeamento do DNA pode fornecer informações sobre como melhorar o processo de diagnóstico e guiar cientistas na busca por um tratamento ou vacina.


Até o final do mês de agosto, a doença viral já havia contaminado mais de 3 mil pessoas na Libéria, Serra Leoa e Guiné (os três casos da Nigéria foram de pessoas que contraíram a doença em Serra Leoa), das quais 1552 haviam morrido. Dentre os pesquisadores que participaram do estudo, cinco acabaram contaminados e morreram. Os genomas utilizados pelos cientistas para o sequenciamento haviam sido neutralizados, mas ainda assim foram usados aparatos de segurança.

A análise genética indica que a atual epidemia de ebola foi iniciada com uma única pessoa infectada e, como o vírus sofre mutações de um paciente para o outro, é possível entender como a doença se alastrou. Em Serra Leoa, a epidemia chegou por meio de uma mulher que contraiu a o vírus em um funeral de um sacerdote na Guiné. Nesse país, o Instituto Pasteur identificou o paciente zero como um menino que foi contaminado de maneira desconhecida.

Fonte: CIB

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